Em um terreno de 680 m² do Condomínio Residencial Alphaville I, em Brasília (DF), surge a Casa Güths com dois volumes marcados por vazios e diferentes materiais. Partindo da ideia de integração, o ArqBr Arquitetura e Urbanismo distribuiu o programa em torno de uma praça que fica na parte posterior do lote. É para essa área – reservada dos olhares da rua – que todos os ambientes internos se abrem, possibilitando maior fruição do projeto.
Segundo o arquiteto Eder Alencar, a Casa Güths foi idealizada com base nas demandas estabelecidas pelos clientes: uma edificação térrea com linguagem moderna que privilegiasse, principalmente, o convívio e o lazer. “E nós atingiríamos isso quanto maior fosse a integração entre os espaços internos e externos”, conta.
Em forma de trapézio, o terreno implicava um grande desafio no desenvolvimento do projeto arquitetônico. Isso porque a intenção era ocupá-lo liberando a maior parte de área verde possível.
Além do gramado que se apresenta como elemento de boas-vindas, as laterais e o centro da casa também são invadidas por jardins. Eles, inclusive, podem ser vistos até mesmo da rua à medida em que a porta de entrada se abre, dando continuidade à calçada.
Entremeado pelos corredores ajardinados, o programa da Casa Güths foi disposto para permitir o diálogo entre os espaços e a valorização do convívio social. Como afirma Alencar, a implantação da residência resulta da ideia de setorizar os ambientes a partir de dois blocos principais.
O primeiro deles abriga a ala íntima, que de maneira linear mantém os dormitórios separados entre si, porém, todos abertos para o jardim de um lado e para a piscina do outro. Já o segundo conjunto concentra a parte social da casa, sendo sala de estar, sala de jantar e cozinha. “Intencionalmente, esses volumes foram articulados para criar uma praça na parte posterior do lote”, explica Alencar. À frente dali, aparece ainda um terceiro bloco, que abrange sauna e banheiro.
Alguns móveis foram desenhados pelo ArqBr Arquitetura e Urbanismo para atingir ao mesmo propósito: a conexão entre os ambientes. É o caso do móvel que divide e ao mesmo tempo conecta a sala de estar e a cozinha por meio de portas tipo camarão.
“Vale a pena destacar outro elemento: o banco em chapa de aço dobrada. Com 9 metros de comprimento, ele se estende ao longo da varanda interna, passando pela sala de TV e pela churrasqueira”, acrescenta o arquiteto.
Os revestimentos aplicados nos blocos revelam o tratamento dado aos espaços. Por exemplo, como a área íntima exige maior privacidade, manteve-se em concreto aparente, enquanto a social se destaca pela permeabilidade do ripado de madeira.
A madeira também foi utilizada no forro. Para valorizar o material e produzir ambientes mais intimistas, o escritório trabalhou com a iluminação indireta, evitando o uso de luminárias embutidas.
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