Em um tradicional bairro de Belo Horizonte (MG), carregado de histórias e valores, a Casa Floresta – que tem 330 m² – é a união entre passado e presente, o antigo e o novo. Era uma edificação que, outrora estava esquecida, e agora ressurgiu com novos moradores em meio ao bairro Floresta. O escritório que assina o projeto é o Estúdio Zargos.
“Um dos últimos redutos da capital mineira que, sem perder a elegância e a sofisticação, traz o passado ao presente, edificações centenárias vestidas de jovialidade. Além disso, traços antigos ligados à materialidade moderna não está no volume do edifício, sim no ressignificar”, conta a equipe do escritório.
O projeto transita entre a preservação dos valores volumétricos e austeridade dos materiais contemporâneos. O primeiro desafio foi reverter a demanda inicial de demolir completamente a edificação existente, pois as formas e proporções originais desse projeto atravessam décadas e nos contam a história de uma cidade acolhedora e receptiva, assim como o bairro, sem perder de vista o objetivo principal, tornar a Casa Floresta muito mais do que uma casa, um lar aconchegante.
A construção, concebida em concreto armado com lajes protendidas planas, se distribui ao longo de pavilhões longilíneos nos dois eixos perpendiculares do terreno.
A configuração permitiu um melhor aproveitamento espacial, possibilitando que a sala de estar se orientasse aos visuais de lazer da morada.
O programa de necessidades é dividido em dois volumes interligados com as atividades de serviço e sociais no térreo, a partir de um volume que define a ocupação espacial do projeto. No pavimento superior, o volume é ocupado pelos usos íntimos, os quartos, com suas aberturas voltadas para o exterior da morada.
O paisagismo, também assinado pelo estúdio, tem um fator muito importante na composição arquitetônica. É ele quem abraça todo o projeto e serve de pano de fundo para, absolutamente, todas as áreas que estão no pavimento térreo.
A natureza está presente por todos os lados. Ao redor da casa, no térreo, no segundo pavimento e na entrada, onde há um caminho com uma árvore e jardim vertical que conduz os moradores, pela lateral, até a área de lazer aos fundos. A vegetação traz movimento para uma arquitetura retilínea.
Veja outras residências na Galeria da Arquitetura:
Casa Suspensa, por Casa Container Marília
Escritório
Termos mais buscados