Inspirados na arquitetura moderna, paulista e contemporânea, os arquitetos Felipe HSU e Lucas Bittar criaram a Casa em Tatuí, localizada em São Paulo. A residência foi projetada com poucos ambientes, para que os moradores pudessem aproveitar mais de cada local. “O partido integrado oferece vista panorâmica e espaços abertos, adaptados ao estilo de vida livre e despojado dos moradores”, conta o arquiteto Lucas Bittar, do escritório Toscano Bittar.
Devido à topografia do terreno, os arquitetos tiveram de trabalhar de forma racional em relação à movimentação de terra e implantação. “Aproveitamos o desnível de 80 cm entre os dois extremos da casa, o que possibilita a altura necessária para construir uma garagem no pavimento térreo. A solução também diminui a escada de acesso e a movimentação de terra, eliminando retiradas do recurso natural”, relata o arquiteto Felipe Hsu, do escritório HSU Arquitetura.
“Os volumes são muito simples, eles se apoiam como um retângulo no terreno. As vigas reforçam a ideia de que a cobertura é uma só, apesar de os pisos variarem de altura. Por fim esculpimos os vazios, trazendo-os para dentro, e demos vida à casa”, explica.
Enquanto a fachada proporciona uma bela vista para a cidade, a área íntima foi colocada no fundo do lote, com face norte, e ligada ao jardim externo. O setor social – salas de estar e jantar e cozinha –, ocupa o outro extremo desse retângulo, abrindo-se totalmente para a paisagem.
A ideia da criação de um ambiente de estar único e visualmente integrado e, ao mesmo tempo, capaz de articular as circulações especificas, é o aspecto central nesse projeto. Em torno do pátio estão organizados dois níveis principais, sendo o espaço do escritório responsável pelo acesso à área íntima.
Os materiais utilizados na casa são concreto, bloco baiano e tijolo. O objetivo dos arquitetos era seguir os princípios da sustentabilidade, aproveitando ao máximo os materiais locais. A casa esta instalada na cidade do tijolo. Estes foram apenas colocados na fachada, de maneira bem simples, como um revestimento. Na pintura, o escritório utilizou a cal – uma solução simples, econômica e ecológica, de aparência rústica, mas com belos efeitos na arquitetura – o que acabou se tornando uma pintura interessante, que respira.
“O proprietário participou muito da obra e gosta de inventar bastante. Por causa do calor existente na cidade, foi instalada uma cobertura móvel de sombrite. E ficou bom. Apesar de o pátio com vegetação ajudar bastante a climatizar a casa, o sombrite tornou possível controlar a entrada do sol”, finaliza Lucas.
Escritório
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