Bem provida de luz solar, esta residência foi idealizada pelo escritório de arquitetura Arkitito, que propôs uma inversão nos padrões de moradias tradicionais: a área íntima fica no térreo e a área social no primeiro andar. O layout conferiu maior privacidade aos moradores e, ao mesmo tempo, privilegiou com belíssima vista do entardecer os ambientes de maior interação – daí o nome Casa do Pôr do Sol.
Situada em uma região privilegiada no bairro de Pinheiros (São Paulo), a morada é vizinha da praça Pôr do Sol – uma espécie de praça-mirante que atrai visitantes interessados em admirar as vistas elevadas da cidade.
Os arquitetos tiraram proveito da configuração irregular do terreno, abrindo a fachada da residência para o sentido oeste, para que os moradores contemplassem o pôr do sol em posição frontal.
A cobertura da casa define a espacialidade da varanda que tem uma leve inclinação para priorizar a entrada de luz solar no período de inverno e, da mesma forma, proteger os ambientes da incidência de luz solar direta no verão. Com entreforro de 30 cm, a cobertura também permite a ventilação cruzada que mantém o conforto térmico dentro dos espaços.
O conforto térmico e o desempenho acústico são resultado de técnicas de projeto que dialogam com os conceitos ecológicos, criando um ambiente que corresponde às premissas de moradias sustentáveis.
Além disso, a área externa é inteiramente drenante em combinação com a inclinação da cobertura. A morada guia 100% da água da chuva para uma cisterna com capacidade de até 6 mil litros, contemplando dessa forma o uso racional e equilibrado dos recursos hídricos.
O projeto de paisagismo – também de autoria do escritório – buscou garantir a redução do calor intenso, sendo utilizadas diferentes vegetações que respondem às necessidades da casa. Assim, na fachada oeste, uma fileira de bananeiras faz a função de brises verticais que sombreiam as fachadas dos dormitórios no final da tarde.
A Casa do Pôr do sol busca tirar partido da combinação entre função e estética de modo que atinja o máximo de desempenho acústico e térmico de forma sustentável.
O escritório buscou explorar materiais que desempenhassem um ótimo conforto termoacústico. Os vidros em todo o projeto garantiram a proteção contra os raios UV e reduziram a entrada de calor em 70% nos ambientes.
Com sistema construtivo misto, a obra foi finalizada em apenas 9 meses. Entre os materiais utilizados destacam-se as lajes cubetas no pavimento térreo, que desprezam a necessidade de forro e garantem uma estética mais brutalista e sustentável.
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