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Casa DF

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O escritório de arquitetura Rua 141 assinou o projeto da Casa DF, na capital de São Paulo. O conceito toma o design brasileiro, a textura dos minerais naturais e o paisagismo tropical como partido. Imagens: Maíra Acayaba
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Design brasileiro, versão industrial

Texto: Naíza Ximenes

O projeto de reforma da Casa DF, localizada no Alto de Pinheiros, área nobre de São Paulo, foi feito pelo escritório de arquitetura Rua 141 para atender às necessidades de um jovem solteiro. O terreno, com 390 metros quadrados, serviu como base para a criação de um programa simples, que ganhou atmosfera industrial, elementos de design brasileiro e vários espaços voltados para o uso social.

São 200 metros quadrados de área construída, em um projeto que se divide em dois pavimentos. A equipe de arquitetos conta que a estrutura inicial já tinha boas aberturas e uma área externa generosa — aspectos que favoreceram, naturalmente, a ventilação cruzada e a iluminação natural de toda a casa.

Social + lazer = industrial + contemporâneo

A entrada da casa é marcada por um grande espaço, dividido em jardim, de um lado, e garagem, do outro. Eles são segmentados pelo revestimento no piso, presente somente na lateral voltada aos veículos.

O paisagismo da Casa DF ganhou bastante atenção. O jardim é marcado não só por uma vegetação robusta, como por uma conceituada peça do design brasileiro: a Poltrona Dobras, criada pelo Estúdio Niz. Feita a partir de uma chapa de metal de três milímetros, a poltrona combina a delicadeza e a sagacidade da pequena espessura em um mobiliário de visual único.

Passando pela longa porta de madeira, com uma extensão que vai do chão ao teto, o morador se depara com um pequeno hall. À esquerda da entrada, fica a escada vazada de madeira que leva ao pavimento superior. Mais à frente, a sala de estar e, à direita, outra porta de madeira, que leva à sala de TV.

De modo geral, o projeto é caracterizado pelo estilo industrial — a exemplo da parede de tijolos brancos e do mobiliário de metal preto (bancos, mesa de centro, poltronas e estante) na sala de estar. Entretanto, em mais de um ambiente, essa proposta é harmonizada com elementos contemporâneos. Um exemplo disso é o sofá de veludo verde e os brises de madeira na mesma sala, que ainda ganhou portas de vidro de correr para uma integração eficaz com o jardim.

“O contraste do vergalhão bruto com a delicada palha natural, na estante do living, é o grande símbolo dessa harmonia”, comenta o escritório. Atrás do sofá, há uma obra do designer brasileiro Bruno de Carvalho — uma escultura de metal preto que simula uma escada em escala menor.

Na sala de TV, por outro lado, o foco passa a ser o conforto. Com um sofá de dimensões generosas, uma grande estante de madeira contorna o espaço ao redor da televisão. A iluminação fica por conta da janela em uma das laterais.

Voltando ao hall, a sala de estar conecta-se à sala de jantar pelo corredor. Com espaço para oito lugares, a mesa de tampo preto fica entre um móvel de madeira à direita — com uma porta embutida na marcenaria que leva à cozinha — e as portas de vidro à esquerda e à frente, que levam o morador à área externa.

Sala de jantar de uma casa. Há uma mesa de madeira com tampo preto no meio e oito lugares. À direita, um móvel de madeira. À esquerda e ao funod, portas de vidro do chao ao teto entre sala de jantar e área externaÀ direita, o móvel de madeira que leva à cozinha. À esquerda e à frente, as portas de vidro que conectam o ambiente à área externa


Toda a região interna do primeiro pavimento ganhou paredes brancas e piso de porcelanato em tom de cinza. A cozinha foi equipada com eletrodomésticos em inox e armários marrons, da mesma fórmica do armário da sala de jantar, além das grandes janelas em duas paredes, que permitem a entrada de luz natural.

Passando para a área externa da Casa DF, que também é destaque no projeto, o paisagismo combina muitos elementos em metal preto com paredes de tijolinhos e outros materiais de aspecto rústico.

Saindo da sala de jantar, outra obra de Bruno de Carvalho marca a área externa: a Poltrona Carteiro, que é feita em couro, madeira maciça, aço e latão.

No topo, um pergolado de metal preto coberto por vidro protege uma faixa do espaço, onde ficam a mesa de madeira, móvel de metal e churrasqueira ao fundo. No espaço ao ar livre, o foco é o contato com a natureza. Assim, poltrona, sofá, mesa de centro e uma chaise em corda náutica ficam sobre a grama.

Intimidade + privacidade = delicadeza + conforto

O pavimento superior mantém as características contemporâneas do conceito, mas aplicando-as com maior delicadeza. O andar é definido por quatro cômodos: a suíte master (que ganhou um closet generoso), um dormitório equipado com duas camas de solteiro, um escritório e um banheiro de uso comum. O ponto de encontro entre eles é marcado por um pequeno hall.

E, já que o foco é proporcionar conforto e aconchego, a madeira se torna o principal revestimento do pavimento. Isso porque tanto o piso, quanto o mobiliário passam a ser de madeira. As paredes permanecem brancas, com a exceção de algumas que foram pintadas de cinza claro.

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Escritório

  • Local: SP, Brasil
  • Início do projeto: 2020
  • Conclusão da obra: 2020
  • Área do terreno: 390 m²
  • Área construída: 200 m²

Ficha Técnica

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