Logo Construmarket
Banner

Casa das Orquídeas

Casa das Orquídeas
Situada em Nova Lima (MG), a residência particular conta com capela, dois orquidários e oito viveiros, que preservam 12 espécies de animais. Imagens: Jomar Bragança
Casa das Orquídeas
Casa das Orquídeas
Casa das Orquídeas
Casa das Orquídeas
Casa das Orquídeas
Casa das Orquídeas
Casa das Orquídeas
Casa das Orquídeas
Casa das Orquídeas
Casa das Orquídeas
Casa das Orquídeas
Casa das Orquídeas
Casa das Orquídeas
Casa das Orquídeas
Casa das Orquídeas
Casa das Orquídeas
Casa das Orquídeas
Casa das Orquídeas
Casa das Orquídeas
Casa das Orquídeas
Casa das Orquídeas
Casa das Orquídeas
Casa das Orquídeas
Casa das Orquídeas
Casa das Orquídeas
Casa das Orquídeas
Casa das Orquídeas
Casa das Orquídeas
Casa das Orquídeas
Casa das Orquídeas
Casa das Orquídeas
Casa das Orquídeas
Casa das Orquídeas
Casa das Orquídeas
Casa das Orquídeas
Casa das Orquídeas
Casa das Orquídeas
Casa das Orquídeas
Casa das Orquídeas
Casa das Orquídeas
Casa das Orquídeas
Casa das Orquídeas

Santuário particular

Texto: Naíza Ximenes

O que é um santuário? Segundo a definição do dicionário, depende do contexto. No catolicismo, é uma capela onde são guardadas e veneradas relíquias de vários santos. Na biologia, um local preservado e intocado pela presença humana: santuário de espécies preservadas. No ser humano, o lugar mais íntimo de alguém; âmago.

Apesar das diferenças, todos esses usos da palavra têm por base o sentido de proteção, preservação e bem-estar. Há quem transforme o trabalho em santuário, há quem visite-os sem qualquer conexão... e há quem transforme seu próprio lar em um local como este.

Este foi o desafio do arquiteto David Guerra ao conhecer o casal proprietário de um terreno de 30 mil metros quadrados em Nova Lima, região metropolitana de Belo Horizonte (MG): construir uma casa que também fosse um santuário.

Após um meticuloso processo interdisciplinar de licenciamento junto aos órgãos reguladores ambientais, o programa ganhou uma capela e complexos de preservação de fauna e flora, buscando preservar ao máximo as árvores centenárias que preenchem o terreno.

“Era um desejo do proprietário estabelecer um santuário natural pessoal, para o casal e sua família. Um local onde espécies ameaçadas da fauna e da flora pudessem encontrar refúgio, e os moradores pudessem participar de maneira ativa no contato com a natureza e na preservação ambiental”, explica Guerra. E assim nasceu o projeto da Casa das Orquídeas.

Cinco anos de arquitetura: Casa das Orquídea

A propriedade levou cinco anos para ficar pronta e um dos primeiros requisitos foi a construção de uma casa que abrigasse toda a família, formada pelo casal, seus três filhos, sete netos, irmãos, primos e demais familiares. Eles contam que costumam reunir cerca de 50 pessoas nos encontros e comemorações — número que justifica a dimensão da obra.

O casal também reiterou que, ainda que fosse necessária a construção de uma grande quantidade de aposentos, não era da vontade deles ter uma série de quartos padronizados, sem personalidade — o que fez com que grande parte dos familiares participassem de forma ativa no design dos espaços.

Assim, alinhando área íntima, de lazer e santuários, a equipe de arquitetos optou por uma construção em U no pavimento principal. A casa fica na região mais próxima ao acesso do complexo. Logo em seguida, vem a capela.

Um pouco mais ao centro do terreno ficam os lagos — com bagres, cascudos, e surubins — e oito viveiros, que preservam 12 espécies de animais — que incluem araras, papagaios e tucanos, macacos-prego, jabutis-piranga e tigres d’água.

Há, ainda, dois criatórios, para criação e reprodução de um pássaro chamado curió, além dos dois orquidários que dão nome à residência. Eles possuem área total de 900 metros quadrados e guardam 50 mil mudas de 3500 espécies de orquídeas, representando o maior orquidário pessoal no estado de Minas Gerais.

orquidário na Casa das Orquídeas

Orquidário com 50 mil mudas de 3500 espécies de orquídeas

O projeto também inclui uma ampla horta, três quadras esportivas e um anexo de lazer. “O proprietário empreende algumas horas por dia para manter, cuidar e fazer crescer esta grande obra. Somente no orquidário, gasta duas horas todos os dias”, explica Guerra.

Na entrada da casa, a estrutura de pedra em formato de tijolinho que cobre a área é um dos primeiros elementos a serem notados. Para quem chega de carro, há duas opções: estacionar em uma das duas vagas cobertas que ficam ao lado da entrada e no mesmo nível, ou em um pátio, no subsolo, com espaço para 20 carros.

No espaço anterior às portas, encontram-se um painel de pedra à direita e uma fonte de água à esquerda, envolta por vidro. No interior da casa, o primeiro cômodo acessado é a sala de estar.

De dimensões generosas e pé-direito duplo, a sala ganhou design contemporâneo. Ela está integrada aos outros ambientes e possui paleta de cores que equilibra tons neutros e terrosos. As portas, o teto e o armário sob a televisão são de madeira, em um tom mais próximo ao mel, que proporciona maior sensação de aconchego. A integração é tanta que a sala de estar e a área externa de lazer se confundem quando as portas de vidro de correr estão abertas.

Ainda na sala de estar, o morador pode usufruir de mais de um espaço. À direita da entrada, está a sala de TV, e, na porta à direita da televisão, fica o cinema, com dez poltronas e teto de ripado de madeira. À esquerda da entrada, fica a sala de jantar, que ganhou mesa de mármore branco, vista para a fonte de água através da porta de vidro e passagem para a cozinha. De todos os pontos, é possível ver a mata centenária no horizonte e a área de lazer.

A cozinha fica no extremo da casa e pode ser total ou parcialmente integrada aos outros ambientes. Isso porque ela ganhou portas de madeira de correr tanto na lateral, dividindo o espaço com a sala de jantar, quanto na parede frontal, dividindo o espaço com a área externa.

O espaço de lazer à frente da sala e cozinha ganhou mobiliário com paleta de cores neutra e aspecto mais artesanal, a exemplo da palha trançada. Esse ambiente se estende pela lateral do jardim, em uma separação que evidencia o que é área de lazer e o que é a área de convivência sob o telhado. A segunda área também ganhou portas de vidro de correr em ambas as laterais, com vista para a piscina, de um lado, e para a brinquedoteca, de outro.

Depois do jardim, um deck de madeira faz a transição do lazer para a piscina, onde ficam quatro espreguiçadeiras. Ainda mais à frente, ficam dois espaços de convivência, cada um com quatro poltronas. Um fica ao ar livre e o outro, coberto por um pergolado e brises de madeira.

Na lateral da piscina foram construídas várias salas, uma ao lado da outra, que formam um spa completo composto por sala de massagem, ducha, sauna seca e sauna molhada — esta última com uma parede de vidro que a separa da piscina.

Do outro lado do pátio, a área privativa ficou com quase o dobro do tamanho que havia sido estipulado no projeto original. São seis suítes no total, conectadas pelas duas laterais. A lateral mais próxima do pátio é formada por um corredor com paredes de vidro, com vista para a piscina, e a lateral oposta é formada por uma varanda extensa, com mesas e poltronas à frente da maioria dos quartos. As paredes também são de vidro.

A garagem ficou embaixo do pavimento privativo, abrigando dez carros e área de serviços.

Veja outros projetos na Galeria da Arquitetura:

Lote, por Superlimão Studio
Casa RL, por Karina Pontes Arquitetura
Ingresso Rápido, por Dabus Arquitetura

Escritório

  • Local: MG, Brasil
  • Início do projeto: 2022
  • Conclusão da obra: 2022
  • Área do terreno: 30000 m²
  • Área construída: 4036 m²

Ficha Técnica

Veja outros projetos relacionados