A Casa Castanhola, projetada pelo escritório Lúcia Helena de Andrade Lima Arquitetura e Interiores, recebeu esse nome graças a uma grande árvore de castanhola presente no terreno, que sombreia a casa e traz mais frescor nos dias de verão.
Localizada na praia da Enseadinha, litoral de Pernambuco, está residência de veraneio foi concebida para ser um local de contemplação da paisagem, relaxamento e convivência dos proprietários.
As fachadas foram compostas por volumes retos e cúbicos, com pintura de textura na cor branca. Elas contam, também, com amplas aberturas através de esquadrias de PVC igualmente brancas e vidro laminado em tom de verde, que compõem perfeitamente com os grandes panos de varas de eucaliptos.
As persianas externas de PVC dão dinamismo aos volumes, que se transformam à medida que elas se abrem ou se fecham, deixando a cor dos ambientes ser naturalmente alterada pela natureza.
As faces mais estreitas estão voltadas para o mar e para a rua de acesso, a fim de permitir que os moradores contemplem a paisagem.
Projetada para um casal e seus três filhos com suas famílias, a Casa Castanhola deveria acomodá-los de maneira independente, mas com áreas comuns de lazer e convivência. Por conta disso, a obra foi desenvolvida em dois volumes arquitetônicos principais com grandes aberturas e espaços integrados. Os limites entre exterior e interior foram reduzidos ao máximo, priorizando a vista da natureza de todos os ambientes e as áreas comuns.
O primeiro volume na face posterior abriga três lofts para os filhos em dois pavimentos, interligados por um grande hall comum, com fechamento em painéis de eucaliptos e área de convivência nos jardins-varandas. Entre esses dois volumes arquitetônicos criou-se uma grande área verde.
O térreo acomoda os quartos de hóspedes, área e quartos de serviços e uma grande área de cozinha para tratamento de peixes e frutos do mar. O volume à beira mar, destinado ao quarto do casal, é formado por uma ampla sala de estar, terraço e cozinha integrada.
No piso superior, os escritórios criaram uma ampla suíte, envolvida por painéis corrediços de eucaliptos que permitem a integração com a paisagem e o acesso aos tetos-jardins.
A composição geométrica dos dois volumes e as grandes aberturas com panos de esquadrias leves e transparentes traduzem a linguagem pura e fluida do projeto arquitetônico.
A área de lazer abriga uma grande piscina com borda infinita, além de copa, churrasqueira, forno e banheiros protegidos por uma cobertura de varas de eucalipto.
“Trata-se de uma arquitetura contemporânea e despojada, com linhas retas e geometria de formas puras e muita integração à natureza. O que predomina é a paisagem e não as construções”, comenta a arquiteta Lucia Helena de Andrade de Lima.
“Temos grande admiração pelas casas modernistas do arquiteto Richard Neutra, portanto, usamos como conceito em nossos projetos. Geometria simples, estrutura racional, fluidez dos espaços, a quase inexistência de limites entre interior e exterior e a abundância de luz natural caracterizam nossas obras. Os espaços incorporados fazem com que os usuários convivam mais, o que acho fundamental nos dias atuais”, completa a arquiteta Katia Costa Pinto.
Escritório
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