Casa Campos

Refúgio campestre

Texto: Nuri Farias

Com a paisagem de Campos do Jordão, interior de São Paulo, à sua volta, a Casa Campos é um refúgio familiar rodeado por natureza. Sua reforma, realizada em 2014 pelo escritório LORE Arquitetura, ampliou a atmosfera de aconchego do projeto arquitetônico original, que é marcado pela combinação de tijolo e concreto aparentes.

Design de interiores

A arquiteta Lorreine Claudio, titular do escritório, adotou como partido do projeto de interiores a criação de uma casa de veraneio pensada para receber visitantes e apreciar o clima da Serra da Mantiqueira. Para isso, utilizou madeira nos pisos e nos móveis, laca e pedras no revestimento das áreas molhadas, e uma combinação de cores e tecidos quentes em todos os ambientes.

Lorreine considera os espaços externos o diferencial da residência. Um dos pedidos dos clientes, aliás, era que o projeto trouxesse praticidade ao terraço, pois eles pretendiam receber, com comodidade, os amigos. “O diálogo entre arquitetura e paisagem presente no imóvel conquistou os proprietários, por isso a varanda é sua parte mais utilizada”, diz Lorreine.

Dessa forma, o projeto repagina os exteriores a fim de reunir as áreas da churrasqueira e da lareira em uma única área de convivência, além de manter a integração entre a sala de estar e o espaço gourmet, que funciona como um mirante.

O apreço do cliente pelo motociclismo, por outro lado, definiu a ornamentação da área da churrasqueira. Decorado com cartazes, objetos e placas que fazem referência à marca de motos Harley-Davidson, o ambiente recebeu o nome de “Recanto do Harleyro”.

Iluminação e paisagismo

A volumetria da residência é a de um chalé, por isso o projeto oferece diferentes cenários de iluminação graças ao pé-direito variável que possibilita distintas combinações de luz direta e indireta. “Já nos ambientes com forro de madeira, a iluminação é mais fixa”, completa Lorreine. A casa conta, ainda, com sistema de som integrado em toda a área social.

O paisagismo, por sua vez, procura respeitar a exuberância da natureza que marca a Serra da Mantiqueira. Dessa forma, as plantas que ocupam nichos e canteiros das áreas externas foram escolhidas para se adaptar ao clima local, marcado por verões chuvosos e invernos rigorosos.