A residência localizada em um condomínio fechado, na praia de Camburi, Litoral Norte de São Paulo, foi reformada pelo escritório Alvo Arquitetura. O objetivo do projeto arquitetônico era conceber uma moradia informal e prática, com sensação de amplitude e leveza aos ambientes.
“Chegamos ao resultado tanto pelo emprego da madeira, quanto pelas grandes folhas de vidro, que permitem a total abertura dos espaços em direção à área externa, excepcionalmente para o jardim”, explica Mara Nogueira, arquiteta do escritório.
De acordo com Nogueira, como o antigo projeto arquitetônico possuía pouca iluminação, pé-direito baixo e ausência de áreas destinadas ao convívio social, foi preciso intervir na disposição do layout da Casa Camburi, além de adaptá-la às diversas estações do ano, uma das solicitações dos clientes.
“Toda a área gourmet interage com a sala de estar por meio de grandes portas de correr que, por sua vez, também conversam com o exterior”, aponta Nogueira, referindo-se ao jardim, caracterizado pelas espécies de palmeira – pinanga coronata e laca vermelha –, cujas proporções garantem a privacidade dos moradores.
Para contrastar com a paisagem verde, as paredes da fachada da Casa Camburi foram pintadas na cor roxa, inspirada em um restaurante da capital paulista.
Apesar de encontrar-se em uma região praiana, onde os domicílios são normalmente mais utilizados no verão, a casa também foi adaptada para as estações mais frias, devido à aplicação de materiais aconchegantes e instalação de uma lareira no principal local de convivência.
“O equipamento de aço corten oxidado foi idealizado pela proprietária. Antitérmico e com aspecto envelhecido, ele oferece conforto nos dias frios, diminuindo, inclusive, a umidade. Além disso, a tecnologia de aquecimento a gás também contribui para controlar a temperatura”, ressalta a arquiteta.
A maior parte do mobiliário utilizado na Casa Camburi é de madeira. As toras que servem de cadeira e mesa de centro, por exemplo, são herança de família, provenientes de uma fazenda de Mato Grosso e com mais de 40 anos de existência, assim como a mesa da cozinha, presente dado pelos pais do proprietário.
“Também aproveitamos os quadros pintados pela mãe de um dos donos, que era artista plástica. As imagens remetem à Mata Atlântica, com espécies de flores próprias do bioma”, descreve Nogueira, pontuando que toda a composição dos tecidos e almofadas foi projetada para dar vida aos objetos decorativos.
Outros componentes, como enfeites e adornos, foram adquiridos em viagens, brechós ou lojinhas de antiguidade.
Com a instalação de vidro nas diversas janelas e portas da Casa Camburi, árvores e plantas invadem seus ambientes e, consequentemente, participam do cenário interno como elementos de decoração.
Por todo o piso da residência, exceto banheiros e lavabos, foram aplicadas placas cimentícias de 1m x 1m, cujo acabamento proporciona a unificação de todos os espaços.
Já os batentes das janelas são de freijó, madeira de árvore nativa da América do Sul, enquanto, na cozinha, o ladrilho hidráulico destaca-se com uma estampa clássica.
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