Logo Construmarket
Banner

Casa BN

Casa BN
Mesmo com um programa dividido em pátios, a Casa BN tem todos os seus ambientes integrados. Imagens: Ilana Bessler e Ginafranco Vacani [assistente]
Casa BN
Casa BN
Casa BN
Casa BN
Casa BN
Casa BN
Casa BN
Casa BN
Casa BN
Casa BN
Casa BN
Casa BN
Casa BN
Casa BN

Organizada em volumes

Texto: Nuri Farias

Assinado pelo escritório METRO Arquitetos Associados, o projeto arquitetônico da Casa BN – localizada no bairro do Jardim Paulistano, em São Paulo (SP) – é composto por quatro volumes de diferentes alturas, executados em concreto aparente e interligados por áreas de circulação envidraçadas.

Tentamos abrir ao máximo as paredes nesse nível, criando uma relação entre o jardim e a área interna mais intensa, já que está na cota do chão Martin Corullon

O programa foi organizado por uma série de pátios e jardins que ampliam a relação entre o exterior e o interior. Segundo o arquiteto Martin Corullon, um dos pontos altos do projeto está no fato de os espaços terem ficado integrados entre si apesar da fragmentação dos volumes.

Implantação

Com formato irregular e 676 metros quadrados de área, o terreno em que a Casa BN foi inserida era antes ocupado por outra residência, que precisou ser demolida por não possuir recursos suficientes para suportar o novo projeto. O estilo tradicional de somente um pavilhão deu, assim, espaço a uma planta fragmentada.

“Precisaríamos de um terço da área de construção se construíssemos um volume único. Fragmentar o programa da casa resultou em várias pequenas unidades que se conectam”, conta Corullon.

Pavimentos

A disposição dos volumes e suas alturas criaram pátios internos que trouxeram requintefachada e se tornaram o jogo da Casa BN. São quatro torres que se empilham pelo subsolo e mais três andares dividindo o programa em níveis; cada volume é separado por um espaço.

O subsolo é bem generoso, servindo como garagem e também como salão de festas. Ele tem duas possibilidades de acesso: uma para a casa com a escada principal que vai até os dormitórios e outra que leva para as áreas de serviço.

O térreo é composto pela área de convívio, salas de jantar e estar, cozinha, lavanderia e todos os pátiosFoto: Ilana Bessler e Ginafranco Vacani [assistente]

No térreo ficam a área de convívio, as salas de jantar e estar, a cozinha, a lavanderia e todos os pátios. “Tentamos abrir ao máximo as paredes nesse nível, criando uma relação entre o jardim e a área interna mais intensa, já que está na cota do chão”, revela o arquiteto. A cozinha é voltada para o mesmo pátio que abre para a sala de jantar. “Imaginamos esses pátios como uma conexão. Assim, é possível fazer um almoço com a mesa para fora ao mesmo tempo em que está na sala de jantar”, completa.

O segundo pavimento abriga as três suítes conectadas por algumas passagens envidraçadas. Nesse setor, as aberturas começam a se fechar um pouco, gerando mais controle de luz e privacidade. O terceiro andar abriga os dois terraços: um no topo de um dos cubos e outro coberto, como se fosse uma varanda.

Materiais

Desenhamos esse piso especialmente para a casa BN, porque tem ligação com a planta, com traços mínimos e geométricos organizados ortogonalmente em tons de branco Martin Corullon

As quatro torres transpassam a solidez idealizada pelo escritório de arquitetura: por fora foram feitas em concreto moldado em bloco aparente, enquanto a face interna foi mantida toda branca. O uso desses materiais deixa evidente a mudança de um ambiente para outro.

Com base de cimento e ladrilho hidráulico, o piso é uniforme em toda a residência. “Desenhamos esse piso especialmente para a casa BN, porque tem ligação com a planta, com traços mínimos e geométricos organizados ortogonalmente em tons de branco”, revela Corullon.

Cada pavimento tem uma tonalidade diferente no traçado do piso, criando uma identificação bem discreta de ambientes.

Quanto mais altas, mais fechadas são as passarelas envidraçadas que conectam os dormitórios, e quanto mais baixas, mais vão se abrindo para o chão. Essas áreas são revestidas por grandes painéis de vidro que estão no nível do térreo, os quais funcionam como portas de correr do piso ao teto. “À medida que vão subindo, as janelas vão ficando menores. Fizemos também alguns brises de alumínio que controlam a luz dos dormitórios, com lâminas móveis e bem largas para proteger da vista debaixo”, complementa o arquiteto.

Conforto térmico

O concreto e a pintura branca do revestimento interno criam uma razoável massa de inércia e, associados à vegetação, trazem conforto térmico à residência.

Além disso, a cobertura de dois volumes recebeu telhados verdes, e as árvores na rua transmitem para dentro um agradável microclima. “O que antes era uma sombra excessiva foi substituída por pátios com passagens de luz, que não deixam casa escura. O sol incide suavemente em vários lugares da Casa BN”, conclui Corullon.

Escritório

  • Local: SP, Brasil
  • Início do projeto: 2012
  • Conclusão da obra: 2015
  • Área do terreno: 350 m²
  • Área construída: 500 m²

Ficha Técnica

Veja outros projetos relacionados