A Casa AYYA nasceu da ideia de construir uma casa de férias com amplos espaços de lazer para seus proprietários. A morada está inserida em um terreno plano com 1.475 m², que se abre para a região praiana de Pinamar, em Buenos Aires, na Argentina.
Projetada pelo Estudio Galera Arquitectura, a residência foi organizada no centro de um pátio envolvido por pinheiros que atuam como um filtro suave, um extenso terraço e uma piscina que, como um espelho d’água, reflete os efeitos do sol.
“Durante as férias, os espaços são utilizados de forma mais descontraída, os sentidos ficam mais despertos e a contemplação do ambiente torna-se uma experiência enriquecedora”, conta o arquiteto Ariel Galera.
Dois volumes sobrepostos, cruzados e apoiados sobre uma plataforma compõem a residência. Essa configuração permitiu que os moradores tivessem vista para dois planos: norte e oeste.
Um volume aberto no térreo abriga as salas de estar e jantar e a cozinha. O beiral de concreto com frestas verticais limita a transição do interior com o exterior. Já no volume superior – que flutua sobre a plataforma – ficam a sala de jogos e os dormitórios.
A disposição do programa garantiu que todos os ambientes ficassem expostos à iluminação natural.
A viga em “V” no térreo sustenta a estrutura em balanço, projetada no volume da cozinha para que não interferisse na área social, uma vez que se expande para o terraço. O jogo composicional expressa o espírito de vida nas férias: a contemplação da natureza e o seu aspecto lúdico.
Os arquitetos buscaram criar uma fachada frontal totalmente vedada para dar privacidade aos proprietários; além disso, amenizou os barulhos distintivos do bairro.
A materialidade foi priorizada pelo escritório para reduzir a necessidade da manutenção, compreendendo que a ação climática é um processo construtivo. As divisórias de concreto armado foram preenchidas com placas de poliestireno.
O concreto armado flutua sobre o terreno e se apoia numa plataforma, contrastando com a casa típica do bairro e se caracterizando como um elemento tão rústico quanto a paisagem campestre.
“A casa é transformada em um auditório para a contemplação do pôr do sol. Talvez seja essa a sua maior virtude: capturar o espírito do campo, onde todas as tardes o sol se põe”, finaliza o arquiteto.
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