Uma caixa branca flutuando sobre uma base de concreto. É dessa maneira que os arquitetos do escritório CoDA definem a Casa 11, situada no Lago Norte, em Brasília (DF). Isso porque seus dois volumes irregulares, no quesito de material e dimensional, passam a clara impressão de disparidade
“Essa realmente era a ideia central do projeto. Procuramos destacar a parte superior da inferior, como dois universos independentes”, comentam. O térreo, construído em concreto e mantido aparente, apresenta pouca delimitação entre os ambientes, demarcados apenas pelas diferenças de altura; o vão central da sala tem o pé-direto mais alto que vai diminuindo conforme caminha para a cozinha, churrasqueira e varanda.
Para o andar superior, os arquitetos idealizaram um “apartamento dentro da casa”. Longe de toda a atmosfera compartilhada, o lugar reservado aos quartos é voltado para o descanso e a privacidade, exclusivamente.
Juntos, os andares completam 368 m² inseridos no meio de um terreno de 1.160 m². À frente, no acesso da rua, está um recuo mais generoso que permite a acomodação da discreta garagem. Já os fundos são voltados para a avenida principal do bairro, que está cerca de 2 metros mais alta que a cota de soleira.
Esse desnível natural propicia privacidade para o pavimento inferior, mas expõe o segundo andar à movimentação e ruídos dos veículos. Ali, a orientação nascente foi aproveitada para iluminar e ventilar os quartos, que podem ser resguardados por meio de brises metálicos deslizantes. As janelas predominantemente voltadas para o nascente também favorecem a ventilação natural dominante da região e protegem dos ventos chuvosos.
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