Após reforma, uma antiga temakeria, localizada no bairro paulistano do Brooklin, cedeu lugar à charmosa Cafeteria O Café. Com a mudança de estabelecimento, o imóvel de 120m², que ainda conserva a aparência de residência, precisava adequar as instalações de acordo com as atividades dos novos proprietários. Assim, o escritório Mandril Arquitetura foi encarregado de repaginar o espaço, atribuindo-lhe não apenas um layout prático, como também identidade à empresa.
Com a utilização de revestimentos rústicos, como tijolo e cimento queimado, os móveis e os elementos decorativos, sobriamente pontuados pela mesma tonalidade, constroem uma atmosfera clean, cujo estilo lembra um loft industrial.
“Os clientes solicitaram para a Cafeteria O Café um projeto arquitetônico moderno, sem muitas informações e que fosse diferente de todas as cafeterias do Brasil”, revelam os sócios e arquitetos Helena Kallas e Bruno Reis.
Dessa maneira, o painel da fachada, as cadeiras do térreo, além do balcão de atendimento e da escada que leva ao mezanino, destacam os ambientes pelas variações da cor azul em contraste com a neutralidade dos materiais de acabamento.
Devido à existência de uma escada metálica e do pé-direito duplo, mantido em alguns pontos, os arquitetos decidiram desenvolver um projeto baseado no conceito de loft industrial.
Com isso, telhas pintadas na cor azul bic foram instaladas no bar e na parte frontal do estabelecimento, enquanto a parede do primeiro ambiente, executada em tijolo aparente, e o piso cerâmico em formato sextavado acentuam ainda mais a concepção desse tipo de construção.
Para contrabalancear a frigidez dos materiais até então empregados, a parede principal, situada à esquerda da Cafeteria O Café, segue revestida com réguas de madeira pinus cru, sem nenhum acabamento e acompanhada por floreiras de pinus, que pendem sobre as mesas e tornam o local mais humanizado e agradável. “Já a parede oposta, que percorre toda a extensão da edificação, recebe o cimento queimado”, complementam Kallas e Reis. “As linhas retas do mobiliário e os objetos de decoração, como quadros e, principalmente, a máquina de café pintada de vermelho, dão vida ao projeto”, concluem.
Todos os ambientes da cafeteria estão integrados para aumentar a sensação de amplitude, já conquistada pelo pé-direito alto e pelo espelho que se estende pela parede térrea. Além disso, a disposição e o tamanho dos móveis permitem organizar o fluxo de clientes pelos espaços. Enquanto isso, no último andar, a cozinha foi estrategicamente posicionada próxima à escada para facilitar o trânsito de serviços.
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