O estúdio global Perkins&Will assina a renovação da sede do Banco BMG, que ocupa dois andares do edifício corporativo São Luiz, na zona sul de São Paulo. O projeto previu um upgrade nos novos espaços de trabalho, priorizando os três pilares que marcam o momento de inovação da marca: inclusão, digitalização e jovialidade.
Ao todo são 3.200 mil m² de área construída com uma proposta open space que permite maior integração entre os colaboradores.
No projeto, o time de arquitetos materializou duas fortes preocupações do BMG – conexão e inclusão. Assim, no núcleo central onde comumente fica uma recepção, foi projetado um grande auditório que conecta as duas circulações verticais do edifício.
O layout aberto e flexível – graças à remoção das paredes – ilustra o momento de transformação pelo qual o banco está passando.
Nas áreas de staff, o número de estações de trabalho diminuiu e as divisões de ambientes de acordo com a hierarquia passam a não existir mais. O foco passa a ser nos ambientes colaborativos. “Os espaços estão interligados em todos os sentidos, seja físico, visual ou funcional. Quando você abre essas barreiras, acaba incluindo muito mais o conceito de time”, explica o arquiteto Fernando Vidal.
Para atribuir equilíbrio e estilo industrial, traços originais do icônico edifício, de 1984, foram mantidos. O principal desafio para o time de arquitetos foi transformar um prédio com uma arquitetura mais brutalista em um modelo mais high-tec. Segundo o arquiteto, a combinação trouxe identidade própria ao projeto.
Além dos espaços funcionais, que se adaptam às necessidades, a flexibilização aparece também no mobiliário. Outra marca que reforça a preocupação do banco com a inclusão e a diversidade foi a criação de banheiros agêneros. “O banco tem uma preocupação muito forte em relação às pessoas diversas e a representatividade”, enfatiza Vidal.
Já o conceito digital se revela desde o hall de entrada, onde dois painéis digitais de 36 m de comprimento atravessam o grande auditório e levam informação para todos os colaboradores. Ademais, painéis de led e um sistema de luz sensorial complementam o conceito.
"O Banco BMG segue a estratégia de negócios digital, que une o melhor dos mundos físico e digital. E, hoje, podemos dizer que somos uma 'Fintech de 91 anos'. Por conta disso, a corporação se transformou para acompanhar essa evolução. Sendo assim, decidimos criar um ambiente arrojado e moderno, onde as pessoas se sintam felizes e queiram estar. Desenvolvemos um projeto descontraído, convidativo e com maior interação entre os colaboradores, refletindo a cultura atual da marca", afirma Ana Karina Bortoni, CEO do Banco BMG.
Os arquitetos brincaram com elementos para estimular a saúde física e mental dos colaboradores. Todos podem circular com patinete na pista de corrida com 230 m que faz alusão ao conceito urbano e incentiva as pessoas a se movimentarem e conhecerem o projeto arquitetônico.
No teto, a ideia é tornar um espaço de arte flexível e sazonal com desenhos feitos por grafiteiros e que mudam como se fosse uma exposição, trazendo a arte urbana para dentro do ambiente de trabalho.
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