O primeiro campus da escola norte-americana Avenues foi aberto em setembro de 2012, em Nova York. Cinco anos depois, em 2018, a Cidade de São Paulo sediou a segunda unidade da rede. A Avenues: The World School tem mais de 40.000 m² de área construída e capacidade para receber até 2.100 crianças e adolescentes.
A intenção dos espaços de lazer nas coberturas foi criar uma conexão da criança com a cidade, para que o contato com o ambiente externo seja também usado como espaço lúdico de aprendizado José Luiz LemosApós um intenso estudo de inúmeros terrenos, os proprietários decidiram realizar o retrofit de uma edificação comercial já construída e convidaram a equipe do escritório aflalo/gasperini arquitetos para executar o projeto.
A intervenção do escritório anexou novos volumes à frente da construção existente para acomodar o novo programa educacional.
Segundo os arquitetos, o grande desafio foi transformar um edifício corporativo em uma escola com um programa diversificado, dinâmico e interligado. A solução foi organizar as turmas do ensino fundamental e médio nos andares e criar átrios internos que proporcionassem transparência e uma circulação fluida entre os andares, incentivando a troca de experiências entre os alunos de diferentes faixas etárias.
Um edifício adjacente abriga grandes espaços para as atividades complementares da escola, como teatro, ginásio, pátio coberto, quadras e áreas ao ar livre. O diálogo do novo com o existente aproximou as salas de aulas e integrou os espaços de uso comum.
A sequência dos três volumes em diferentes alturas proporciona um acesso direto para as áreas externas, enaltecendo a relação do interior com o exterior. Das coberturas – onde estão as quadras e terraços – é possível contemplar a vista incrível para o skyline da cidade de São Paulo.
“A intenção dos espaços de lazer nas coberturas foi criar uma conexão da criança com a cidade, para que o contato com o ambiente externo seja também usado como espaço lúdico de aprendizado”, explica o arquiteto José Luiz Lemos.
Nos espaços internos, o time de arquitetos priorizou jardins internos, pés-direitos duplos, cores e interação divertida com a arquitetura, apresentando uma dinâmica diferenciada ao projeto.
As áreas comuns e de passagem são usadas para aprendizagem e projetos interdisciplinares, como a escada de madeira que também tem função de arquibancada. Nos refeitórios, as estruturas foram pensadas de modo a instigar e incentivar a curiosidade das crianças, assim como todos os detalhes da escola.
“Os trabalhos paisagísticos, arquitetônicos e de interiores formam um tripé essencial para a escola. Eles se complementam e emolduram um ao outro ao trazer qualidade para os espaços”, finaliza o arquiteto.
A fachada realça o contraste entre a construção existente e a nova. Nas salas de aula, os brises horizontais protegem o edifício da incidência solar direta e bandejas de luz internas otimizam a iluminação natural. Nas áreas comuns, chapas de tela metálica perfurada garantem a proteção solar e ventilação natural, uniformizam a volumetria e conferem um caráter contemporâneo à arquitetura.
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